segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nação!!!










Fique tranquilo não vou falar da torcida do Flamengo. Nem de nenhum projeto dos nossos governantes. Esses só projetam o Pan, a absolvição do Renan o abafamento da Tam e verborragias infinitas para fugirem do constrangedor “Hã?”. Não vim falar dessas espécies variadas de factóide. Vim Falar da maior banda de Rock atuante – leia-se, tocando ao vivo e lançando músicas de inéditas - do Brasil. Trata-se da Nação Zumbi.


A banda já anunciou para 2008 seu próximo disco, intitulado “Fome de Tudo”. O album será o sétimo da carreira do grupo e o terceiro após a morte de Chico Science. Pelo que li e ouvi dos caras da banda, será um disco que afirmará o corte epistemológico que a banda sofreu depois da morte de Chico. Mudança essa que envolve uma maior liderança exercida pelo guitarrista Lúcio Maia e pelas novas influências trazidas por Jorge Du Peixe.


Para quem não sabe, a banda surgiu em 94 e com um som que se tornou um pesadelo para os críticos de música, dada a dificuldade de rotulá-lo. Mas ela se firmou no underground, se abrigando no Circo Voador e no Garage, e influenciando quase todas a bandas - boas ou medianas - de rock, que surgiram no Brasil, na década passada.


Lembro que conheci a Nação assim, como uma das influências do Planet Hemp, minha primeira banda de rock favorita. Numa época em que as gravadoras tentavam reviver a psicodelia do anos sessenta, nova bandas de rock ganharam espaço. Se no mundo, quem melhor reproduziu isso foi Red Hot, com sua releitura do espírito libertário da geração Woodstock. No brasil, a Nação abriu as portas para o ressurgimento da antropofagia musical iniciada na Tropicália.


Mas aqui, os influenciados ganharam mais fama que a influência, e com a morte do líder da banda a Nação parecia fadada ao fim. Mas com ousadia eles seguiram em frente. Perderam discurso e poeticidade, mas ganharam maturidade e sonoridade.


Na minha opinião a banda ficou mais cosmopolita do que era, antenada com as últimas tendências musicais do mundo. E o ápice da banda aconteceu no seu quinto disco intitulado Nação Zumbi. Que, para mim, ao lado de LadoB LadoA e Bloco do Eu sozinho, briga pelo posto de melhor disco de rock brasileiro, deste século.


Mas a banda não manteve o nível no último disco, Futura. O que faz com que a perspectiva sobre o novo disco cresça mais ainda. É esperar pra ouvir.

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