terça-feira, 29 de julho de 2008

Doha a quem doer

A Rodada Doha que tentava regulamentar as barreiras e subsídios aos produtos agrícolas dos países ricos e pobres fracassou. O inerte jornalismo econômico lamenta e vai se desdobrar para analisar o óbvio.

Na verdade a Rodada Doha era uma reunião, estilo debate de programa de auditório, em que cada um dava seu “showzinho” e nínguém decidia nada. Os ricos reclamavam do protecionismo dos pobres que impõem altas taxas de importação ao seu produtos. Os pobres reclamavam do subsídios que os ricos davam a agricultura local fazendo com que seus produtos entrassem no terceiro mundo com um preço muita baixo, prejudicando a balança comercial.

Se fossem chegar a um acordo este seria o fim das taxas de importação e dos subsídios. Assim, o jogo estaria zerado.

Mas como uma mesa de alcoólatras (com todo respeito aos alcoólatras) jogando pocker é bem mais ética que os lideres econômicos do mundo neoliberal, níguém cedeu. Agora, todos voltam para casa, apenas, com a retórica mais em forma do que antes. Já que o colapso é apenas um detalhe nessa velha nova ordem mundial.

Justiça foi feita

Ontem não deu para passar aqui, por isso meu parabéns atrasados a Fábio Moon e Gabriel Bá. Os irmãos ganharam juntos três prêmios (melhor série limitada, melhor antologia e melhor “digital comic”) no Eisner Awards, maior premiação aos “quadrinistas” do mundo. Conheça aqui a dupla

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Calma, tem gente pior no mundo

André Sanchez e Márcio Braga estão longe de serem exemplos de moralidade, o primeiro pela sua relação com Dualib, o segundo pela sua relação com Kleber Leite. Na verdade, nenhum cartola é um exemplo de moralidade, nem Bebeto de Freitas, nem Juvenal Juvêncio, nem mesmo Roberto Dinamite.

Mas pelo menos esses todos daí de cima, concordaram que Dinamite que deve ocupar a vaga deixada por Eurico na vice presidência do Clube dos 13. As duas dissidências ficaram por conta de Horcades do Flu e Alvimar Perrela do Cruzeiro, seguidores da linha ética-administrativa de Eurico Miranda e candidatos também ao posto de cartola mais imoral do futebol, depois da derrota de Eurico.


Horcades antes de vender o Fluminense à Unimed, sempre precisou da ajuda de Eurico para salvar o Tricolor em seus rebaixamentos. Já Alvimar, dispensa apresentações, simplesmente, por ser originário da dinastia Perrela; aquela que vire e mexe se lança na eleições por aquele partido que volta e meia muda de nome. A família tem como cabo eleitoral Felipão, que não atoa, é fã de Pinochet.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Unidos pela polêmica


Uma homenagem à nação (?) rubro-negra que ontem, graças a Ibson, relembrou os áureos tempos de Zico – batendo penalti.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Há dez anos...

Foi aos 38 minutos do segundo tempo, em uma da poucas chances do Vasco na partida.

Por culpa daquele gol , Juninho Pernambucano foi o último ídolo do futebol carioca de uma torcida só.

Aquele, foi também, o título mais importante do futebol carioca desde que os grandes craques dos quatro grandes, se aposentaram.

Dez anos depois o Fluminense e os Thiagos tiveram tudo para igualar o feito, faltou pouco.

E como não conseguiram, nenhum outro time carioca merece tanto respeito quanto Vasco na história recente do futebol carioca. Que além da libertadores, nos últimos 15 anos, levou 2 Brasileiros.

Sem o clube cruz-maltino, o futebol carioca na duas últimas décadas viveria de dois solitários campeonatos brasileiros, em 92 e 95

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fim dos tempos

Pela primeira vez na história, não só deste pais, como do mundo a indústria da cerveja sem álcool registrou crescimento. Culpa da lei seca no trânsito e também nos estádios, durante jogos do brasileirão. Do jeito que as coisas andam, futebol vai virar Winning Eleven e os bordéis só terão bonecas inflavéis. E viva o mundo politicamente correto, saudável e sem graça.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O dia em que me senti brasileiro

Muito pouco me envolvi com a seleção brasileira desde que me tornei louco por futebol. Sabe, sempre ouvi histórias da copa de 70 e 50. A de 50 nunca chegou a ser um trauma para mim, logo em 93, vi Romário depenar os uruguaios e o Botafogo ser campeão vencendo o Peñarol, base da celeste da época. Além disso, o Maracanã cheio e em silêncio, as vezes é lindo.

Já a seleção de 70 era questão de desdém. A doutrina de que Pelé não era melhor que Garrincha era quase unanimidade na minha família. Mas a seleção naqueles anos 90 tinha algo de especial, um sentimento reprimido poderia vir a tona através daquela camisa amarela. Só assim poderia torcer pelo meu ídolo-carrasco, Junior.

Era da ala que queria a cabeça de Parreira, não sabia nada de futebol, mas achava Junior indispensável para a seleção. Ele não foi, e por isso, vi a seleção sempre com descrédito. Não assisti aos jogos (Pelo menos não ao vivo), me tranquei no quarto da minha mãe e ouvi pelo rádio, enquanto jogava futebol de botão.

Durante a final foi diferente, tinha lido sobre um campeonato decidido no cara ou coroa e queria tudo (até a derrota), menos aquilo. Meu pai me tirou esse medo, mas mesmo assim resolvi não ver o jogo, só ouvir. Depois de 90 minutos, desliguei o rádio e, após a prorrogação, decidi sair pela rua. Minha mãe disse não, eu insisti e, como era muito novo, ela foi comigo. Eu, ela e meu primo, que na época tinha 3 anos.

Toda a minha família estava na casa dos meus pais, na esquina em baixo morava minha tia. Meu primo quando mal chegamos na esquina fez uma sonora birra e disse:

Quero fazer toto!

Por sorte, minha mãe tinha chave da casa da minha tia e entramos e eu liguei a tv. Massaro foi pra bola e o maldito sai que é tua Tafarrel funcionou, pela primeira vez na vida. Por superstição, continuei vendo. Até a hora em que o Baggio foi pra bola - na minha cabeça nunca que o ídolo rubro-negro, de lá, erraria – e errou.

Não tinha noção - ainda mais sozinho, em frente à tv, com as luzes da sala apagadas, do que era ser campeão do mundo. A primeira coisa que pensei é que poderia ser o craque rubro-negro daqui, o Junior errando um penalti decisivo a exemplo do Zico.

Pensei; futebol é uma coisa estranha é melhor não confiar nos ídolos, muito menos na massa.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Craque o mengão fazia em casa

O Jornal Valor Econômico traz, hoje, duas reportagens sobre as exportações de jogadores pelo principais clubes brasileiros e destaca como essas transferências são importantes para a finanças do clubes.

Para o Corinthians, no ano passado, estas transferências equivaleram a 53% do faturamento anual, para o São Paulo a parcela caiu para 43%, mas se manteve acima da média nacional que é de 35% . Lá embaixo, bem abaixo da média, está o Flamengo com apenas 10% da receita feita através de venda de jogadores.

Há alguns anos o Flamengo não é a marca mais rentável do futebol, primeiro foi ultrapassado pelo Corinthians depois pelo São Paulo, ou seja a nação rubro negra não capaz de engordar o caixa do clube. Agora, começa a penar para fazer renda com seus jogadores.

Só mesmo aquele jornalzinho viúvo de Carlos Lacerda não vê os problemas da víuva do Zico

Essa lei existe, essa lei é real?

De um tempo para cá as corporações mais nebulosas possíveis aderiram ao lenga lenga do desenvolvimento sustentável. Empresas e partidos políticos, que trocam seus funcionários por robôs insistem em dizer que se preocupam com a situação das chinchilas da Europa setentrional.

Ou seja, na tentativa de parecerem bonzinhos e engajados, qualquer senhor Burns Horrorshow compra camisetinhas do Greenpeace. Além disso, saem por ai estampando em outdoors os feitos de suas organizações na área ambiental, como se aquilo fosse mera benfeitoria e não uma obrigação legal.

Mas agora essa história irá mudar um pouco. O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, tenta fazer valer um projeto de lei em que Bancos públicos ou privados só poderão conceder créditos a empresas com confirmada sustentabilidade ambiental.

Com isso, os bancos vão ter que ir além de fazerem talões de cheque com papel reciclável ou plantarem meia dúzia de eucaliptos e ainda lucrarem com suas commodities. Bela idéia de Minc, que não fica só planfetando em barzinhos universitários, mas também bate de frente com os monstros do mercado...

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Dia de Rock (foi ontem)


Ok Computadores,

Vocês venceram, Chico Science dentro do seu visionarismo estava certo. Hoje os computadores fazem arte, os artistas dinheiro. Em partes a culpa foi minha, fui eu quem resolvi fazer música para jovens. Fui o primeiro a sustentar a existência da arte pelo seu apelo mercadológico. A pegar sons aparentemente desconexos e transforma-los em música. Fui eu quem inventei o que, hoje, chamam de música eletrônica. Vocês só fizeram a transição das válvulas para o sampler.

Admito meu fracasso, estou, hoje, deixando este mundo, para apenas habitar as camisetas pretas de adolescentes por todas as gerações. Para ser uma vaga lembrança em discos empoeirados e esquecidos mas que volta e meio serão redescobertos, por aqueles que buscam algo novo. Pois o novo não obrigatoriamente está no futuro.

Agora é com vocês computadores, que façam seu o woodstock. Que façam seus Album Branco, seu Dark Side seus Led Zeppelins. Acho difícil, mas espero que consigam, não vai ser nada fácil.

Um fraternal abraço de seu precursor

Rock and Roll
07/12/96

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Prendam a Opinião Pública

Já que a PF resolveu trabalhar essa semana, poderia entrar com um mandado de busca e apreensão contra a opinião pública. Como prova, usaria a recente ojeriza à sua patente mais baixa, a PM. Um atestado de que a OP, não tem noção do que pensa.

Há meses atrás a mesma opinião pública dava gargalhada da tortura. Achava lindo e cômico o abuso de poder da polícia e via como bandido a turma do baseadinho. Tapa na cara de estudante, meses atrás, era uma carta na manga da polícia contra os bardeneiros. Hoje, é uma prova inquestionável da truculência dos homens fardados.

Não sei onde isso começou, talvez depois do assassinato daquele menino de três anos. Mas ele não foi o primeiro nem será o último. Na verdade, acho que a polícia acostumada a propina, deve dar seu agrado a opinião pública liberando a cervejinha antes da direção.

Assim, a própria opinião pública vai tratar de por em risco a vida da sociedade comum. Afinal de contas a polícia só deve ser rígida com os favelados e maconheiros.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Na verdade a vaidade

Quando o paulistano Muricy (de quem sou grande crítico) disse que a bola pune, os cariocas riram. Aqui é Mengão, Nense, Fogão, Vascão! - Berraram, com a confiança inabalável, embora sem motivos.

O pessoal do lado de cá da ponte aérea ironizou perguntando: quem é Muricy?

Orá é um homem forte dentro do clube que nos últimos 3 anos ganhou mais do que o futebol carioca nos últimos 15 anos.

Na verdade, as rizadas xenófobas não permitiram perceber que – não só no futebol – o tempo passou pro Rio de Janeiro e a Garota de Ipanema hoje é muito mais obra do seu personal cirurgião plástico do que de Vinícios e Tom.

Aonde quero chegar com isso?

Quero dizer – pedindo licença poética ao capitão nascimento – que o futebol carioca é um fanfarrão. Há um ano o Botafogo começava a perder o brasileiro por ter uma diretoria que não sabe do que os seus jogadores ingerem – não me venham com esse papo de envenenamento.

O Fluminense a sete dias perdia a libertadores por esquecer que a havia dois jogos entre a vitória do Boca e o título. Já o Flamengo, que há meses atrás protagonizava o mair vexame de um clube brasileiro em uma competição internacional, perdeu o brasileiro ontem.

Vão ter os que argumentarão: O Mengão é diferente porra! Só se for na modalidade do amadorismo. Que aliás passa por essa confiança hegemônica e injustificável. Na verdade são todos iguais, rindo um dos outros e completamente inebriados pela filosofia de sua diretoria.

A prepotência tricolor, o destempero alvinegro, a passionalidade cruz maltina e a fanfarronice rubro-negra deveriam se limitar á arquibanca. Do contrário, continuarão jurando que serão campões de alguma coisa e rezando pela vinda de novos Messias como foram; Garrincha, Zico, Rivellino e Dinamite.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Imprescindível


Para quem ama futebol clique aqui

Imprensa que eu gamo...

O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar o Recurso Extraordinário 511.961 que, se aprovado, eliminará a obrigatoriedade do diploma em curso superior de Jornalismo para desenvolvimento da atividade jornalística.
A discussão vai dar pano pra manga.
De uma lado, estão as associações que defendem o jornalismo (ABI, Fenaj e Sindicatos) e seu corporativismo. Bradando que o a medida irá reduzir bruscamente a qualidade da imprensa - se é que isso é possível.

De outro, está o pessoal do DCEs (futuros sociólogos, filósofos e etc) que acreditam que com a medida todos serão livres para expressarem suas idéias e estamparem foices e martelos na capa de todos periódicos. Afinal, lead é só um termo inglês que denuncia o caracter ianque dos jornalistas.

Enfim, os dois lados vão continuar dentro do seu delírio acadêmico. Os primeiros engrossando o discurso do Mainardi, e os segundo o do Neto. Duas M... uma com diploma a outra sem. Prova de que o diploma só faz diferença no caso de um sistema educacional esclarecedor – que não é nosso caso.

Acho que o Recurso deveria se outro, umas férias indeterminadas para a imprensa cairiam muito bem

terça-feira, 8 de julho de 2008

Woody Guthrie tupiniquim

Nem Rosa nem Machado, além dessas duas favas contadas da literatura nacional 2008 é o centenário de outro poeta, Solano Trindade. Negro, pobre, proletariado não fez da arte um subsídio á vida, mas alento para alma dele e de outros negros (ou brancos), pobres e proletariados. Por isso pode ser comparado a Woody Guthrie e não deve ser esquecido

O amigo da Anta

Foi preso Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity. Se conceitos maniqueístas podem ser aplicados a vida cotidiana, o esteriótipo de um vilão está muito próximo do que é Daniel Dantas. O banqueiro foi devassador por onde possou, no futebol, na imprensa e na política.

Foi o mensaleiro-mor do Governo FHC, no caso da privatização da Valle e em uma série de outros casos. Também ajudou a afundar o Bahia durante sua gestão. Mas sempre permaneceu quase imune, graças ao apoio que tinha na mídia, através do lobby que fazia e que teve como principal ajudante (ele, sempre ele) Dioguito da Veja.

Sem Dantas não haveria Mainard. Sem Mainard, Dantas não teria ido tão longe. Mas a prisão do banqueiro não chega ser motivo para abrir um champanhe , tudo por que o colunista assassino de reputações conseguiu passar impune.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Grande Fiúza!

Sabe, ele já deu umas vaciladas, principalmente quando resolveu fazer o prefácio de um livro do Índio da Costa, um caboclo que leva nos ombros uma série de acusações de favorecimento em licitações. Mas apesar dos pesares, Guilherme Fiúza, autor de Meu Nome não é Johnny, é uma das melhores cabeças entres os colunista do Brasil. Herdeiro do Jabour (Cineasta, não dramaturgo) sabe ler a mente humana como poucos....


“Vocês, hoje torcedores da LDU, falam com orgulho nostálgico de uma taça conquistada por Zico e companhia 30 anos atrás. Minha preocupação é que a LDU, digo, o Flamengo, vire uma espécie de Museu do Zico, assim como aconteceu com o Botafogo, eterna viúva de Garrincha.

A realidade é que hoje, no ano da graça de 2008, ou seja, deixando de falar do século passado, o time que encantou o continente com uma campanha bela e histórica foi o Fluminense, que é só Fluminense, não é sucursal de time equatoriano.
Zico foi o maior que já vi jogar, maior que o Rivelino, maior até que Pelé, que só vi em vídeo tape. O Zico eu vi ao vivo, paguei pra ver jogo do Flamengo, e como doido por futebol agradeço ter vivido isso.
O problema de vocês, flamenguistas, é esse sotaque de facção, esse complexo de Comando Vermelho. Há em vocês um disfarçado desejo de que o Outro não exista, de que o Flamengo paire hegemônico e único.
Freud diria tranqüilamente que debaixo dessa soberba está uma maioria esmagadora com pânico de ser esmagada.
Relaxem, ninguém vai esmagar vocês.
Só isso justifica a empáfia com que vocês adoram o Flamengo. Paixão não tem nada a ver com arrogância. O apaixonado é antes de tudo um doce.
Desistam do colonialismo, de afirmar o Flamengo como um credo talibã, esse Cléber Leite way of life. Aceitem as outras religiões, os outros deuses. Isso só vai realçar a potência que é o Flamengo.”
Dediquemos essa conversa de bar também aos corintianos, aos xiitas, aos petistas, aos tucanos e a todos os que têm o secreto sonho totalitário de anular o diferente.”


Guilherme Fiúza Jornalista e Escritor

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Saudosa Razão

Não sei aonde vão parar os analistas do mercado e os comentaristas de futebol. Aliás, o mundo, agora, se lixa para os analistas e comentaristas de qualquer coisa. O casamento entre a vida e a lógica acabou, e as coisas vão caminhar independente da capacidade humana de explica-lá. Já era o tempo dos romances, em que haviam previsões, no meio de tanto roteiro. Acabou, agora é a era do hipertexto, do jogo de vídeo-game, do reality show instantâneo.

Prever alianças políticas, fechamento das bolsas, resultados de um jogo de futebol é algo meramente especulativo, que sobrevive por estar indexado a publicidade, aos interesses econômicos e a tolice humana. Dizer que o Fluminense perdeu por não reforçar a marcação do lado esquerdo é a explicação que se acha depois de tanta procura e imprevistos.

Acho bom o ser humano acabar com essa mania de querer explicar tudo. Tudo passa, a razão passou. Não que não existam lições para serem tiradas ao final de tudo, mas aonde está o final de tudo? O Fluminense perdeu para um time-nação de negros excluídos da arquibancadas, ou venceu por culpa de seus brancos torcedores que lhe deram mais de 3 milhões de reais – valor superior ao prêmio pela conquista - ontem ? O que vale mais? Dinheiro ou o gozo? O dinheiro compra o gozo? O gozo dispensa o dinheiro?

Não sei, só a saudosa razão poderia responder...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O dia do orgasmo tricolor

Amanhã vai ser outro dia. Sabe, é Deus quem manda - falou tá falado, não têm discussão. Está escrito, que o tricolor de cores sutis vai dar essa lição ao mundo. Vai se redimir de proibir o futebol aos negros, e irá devolve-lo aos craques - apaixonados, sentimentais e iluminados. Vai voltar 32 anos depois, para ganhar os títulos que a máquina, por acaso, não ganhou.

E por acaso (divino) deixará de boca aberta aqueles que pregam que futebol é força, camisa e pragmatismo. Nada disso, futebol é predestinação, e aquele time que alugou sua sede, mas não vendeu sua alma a monotonia tática do futebol, será campeão - pelo nome de Nelson Rodriguês! Está escrito pelo dedo de Castillo, pela técnica de Romerito, pela canhota de Rivelino.

O Fluminense será campeão com certeza e sem alarde. Sem complexo de superioridade, apenas com a empáfia daquele que foi o primeiro grande time do brasil. E sabem, as fãs de Chico, a importância do primeiro, já que o último será esquecido quando vier o próximo. Mas por via das dúvidas o Fluminense, hoje, vai ser o dois, e o futebol brasileiro - essa esposa maltratada – terá um adultério épico, fazendo do tricolor um time mais imortal ainda.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Panic e Organic

Classe Mad ia, mas não vai mais

Recentemente os movimentos sociais de fachada como os; de militância gay, preservação do meio ambiente, entre outros, têm sido a menina do olhos da classe média. Despolitizada como nunca, a mulher de malandro, está muito mais preocupada, em seguir a moda Veja, do que lutar pelo que realmente lhe interessa.

Foi isso que percebeu a FGV em uma pesquisa divulgada, hoje, no jornal Valor Econômico. Segundo a instituição, a presença da classe média nas paradas gay do brasil foi 35% maior do que nas passeatas de primeiro de maio.

Sem exageros da pra afirmar que a classe média pegou raiva da esquerda e resolveu ficar de quatro pra burguesia...