terça-feira, 25 de março de 2008

Galo: dono do tereiro, mas sem crista


Uma homenagem ao Clube Atlético Mineiro, que há cem anos caminha contra o vento...

Fala pro cês que num foi fácil viu? Na base da bola de meia, na beirada de um barranco, matando aula pra jogar bola e fazer história.
Como que o tempo voa, já faz cem anos isso sô! Parece que foi ontem que nois ganhemo o primeiro título nacional de um clube desse brasilzão! E mais tarde conquistemo o primeiro campeonato brasileiro!

Antes né, já eramos o maior campeão mineiro! Na época em que todo mundo só falava do cruzeiro, fomo lá e derrubamo o João Saldanha. Ganhamo do time que ia se Tri, com dois gol do Dadá. Que o João não convocava de jeito maneira. Ô sujeito teimoso sô!

Mas o Jão era boa pessoa, comunista. Gente do povo, quinem o Reinaldo. Contestador, engajado, bem mió que o tal do Tostão. Craque, inteligente...mas mansinho demais!

Tivemo que lutar contra o juiz também. Em 77 ele foi são paulino, em 80 flamenguista. Mas o mineiro que só é solidário no cancêr, foi gente boa na derrota também. Cantaram o hino e fizeram mais festa que as marias de São Paulo.

Ai veio Marques, Éder, Cerezo, Gilberto Silva, Tafarrel e Comenbol. Duas por sinal, mas título e coisa pras marias, fazer o quê? Nois temos mais que isso, temo torcida uai...

2 comentários:

Thadeu Rabelo disse...

Nada é conquistado a toa. Eram garotos que começavam a jogar futebol há 100 anos numa pacata cidadezinha recém fundada. Que mais tarde foi ser a primeira capital reconhecida por uma sigla. BH. Faz inveja a NY.
Apelidado de Galo, sempre carrega o espírito daqueles meninos do início do século XX. Um Brasil que tocava pra frente, um clube que se tornou maior que as próprias Minas Gerais...

Anônimo disse...

galoooooooo!