terça-feira, 20 de maio de 2008

O anjo caído, e a volta de Amado Pinheiro

Onze, entre dez, analistas da mídia previam uma irreversível perda de espaço dos veículos impressos para outras mídias. Os jornais despencavam em queda livre de uma varanda, quando se depararam com inúmeros balões de gás hélio e foram temporariamente salvos

É isso que constatou uma pesquisa do projeto Inter-Meios, parceria do jornal Meio e Mensagem com as principais empresas de comunicação do Brasil. Segundo ela, a receita publicitária cresceu em média 15,48%, em relação a maio de 2007.

Vale lembrar, que já em maio de 2007, os jornais haviam registrado aumento das receitas publicitárias. Mas vale lembrar também, que esse crescimento está recheados de variáveis que podem aumentar consideravelmente a venda de jornais, como por exemplo; grandes crises econômicas e escândalos nacionais.

Olhando por esse lado, a família Nardoni e sua novela funcionaram como balões de gás-hélio, que impulsionaram as vendas dos jornais. Ou seja, através da cobertura a lá Amado Pinheiro – personagem de Nelson Rodrigues – dada ao caso do anjo caído, os jornais voltaram a respirar.

Basta saber o que fazer quando o balão murchar, ou, pelo menos, ter mais prudência do que o aquele famigerado padre e não tomar um caminho sem volta. È preciso que a mídia impressa sobreviva, mas sem vender sua alma à publicidade. Isso seria um coma induzido.

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