segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bravo Tricolor

Já faz uma semana, mas os séculos serão insuficientes para se esquecer do que aconteceu quarta passada, no Maracanã. Maracanã não é um estádio, é um templo onde o impossível se torna improvável e volta e meia se torna, também, realidade.

Há espaços, nele, que só seus maiores arcanjos conhecem e sabem como utiliza-los. Quarta, o Fluminense e seu querubim, Tiago Silva - com potencial para ser arcanjo - venceram graças a esses espaços indetectáveis, pelos estudiosos da tática.

Conca soube usa-los em seus dribles, Thiago Silva evitou que Adriano os usasse, Dodô – O anjo caído – soube encontrar um desses buracos entre as pernas de Rogério Ceni, Thiago Neves achou outro no meio de três zagueiros e Washington estava lá com sua cabeça.

O Fluminense era um garoto inexperiente e franzino, de 19 anos. O São Paulo um império - ou um imperador - hegemônico sempre ressurgindo das crises. Mas Adriano se apequenou diante de Tiago Silva. A habilidade sucumbiu a força, a aceleração e a velocidade. Mostrou que as máquinas no futebol são movidas por paixão e habilidade, e o pragmatismo não cabe, pelo menos no tempo sagrado do futebol.

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