sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mui democrático

Sou dos mais críticos em relação à democracia, acho uma variação do totalitarismo em que se muda apenas o critério para a concentração do poder. Ou seja, é um sistema em que o despotismo está a cargo da maioria. Mas nunca fui muito de expressar essa idéia, por saber da aversão que o brasileiro, sequelado pela ditadura, tem de quem crítica o regime democrático.

Só que parece que as feridas estão cicatrizadas, pois é incrível como a sociedade civil tem se curvado perante os milicos. Primeiro foi o caso Bolsanaro, relatado pelo blog, depois foi José Agripino Maia, que se diz democrata, acusando a ministra da Casa Civil de mentir aos agentes da ditadura, que ele tanto apoiou.

Agora é o general da reserva Gilberto Figueiredo, presidente do Clube Militar, perdendo as estribeiras por culpa de uma declaração de Tarso Genro sobre a punição a torturadores durante o período da ditadura militar.

Mas o mais incrível não é cara de pau dos milicas e sim da mídia. A imprensa, que reage a qualquer tentativa de regulamentação, deste samba do crioulo doido, que a comunicação no Brasil, chamando o governo de stalinista, praticamente exigi que os políticos peçam desculpas por uma suposta ofensa aos militares.

Este é o Brasil que eles idealizam; livre, só no mercado

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